As bonecas

Há certa magia nas bonecas. Observamos como são cuidadas com esmero pelas boas meninas. Quando, por experimentação, a criança danifica a boneca, na maioria das vezes isso não importa. Elas continuam apegadas a elas. Elas são cuidadas como filhas quando têm formato de bebê, como pequenas amigas quando são miniaturas de mulheres, mas acima de tudo, são companheiras para toda hora.

As bonecas em formato de bebê ensinam à menina como ser uma boa mãe, dona de casa e esposa. Acompanhando as bonecas bebê podem vir acessórios como banheirinhas, pratinhos com comida de mentira, mini-berços e carrinhos de passeio. Para a criança se entrosar no ambiente doméstico são fabricados pequenos fogões, vassourinhas etc.

Já as com forma de criança podem ser tanto filhas como amigas do peito. As bonequinhas de pano acompanham meninas geração após geração. O maior exemplo da boneca amiga é a falante Emília de Monteiro Lobato, uma boneca de pano recheada com macela. É descrito em "A Menina do Narizinho Arrebitado", de 1920, que após Tia Nastácia fazer Emília e dá-la para Narizinho, esta nunca mais a largou. Desde então diferentes modelos de bonecas dessa querida personagem são feitas e comercializadas.

A Barbie é o maior exemplo de boneca mulher. Diz-se isso por ela pretender representar uma mulher em menor escala. Nesse caso, quando a criança brinca, ela não vê a boneca como sua filhinha. A Barbie (e suas concorrentes) pode ser tanto uma amiga da menina como uma personagem na qual a criança se vê atuando. Normalmente esse tipo de boneca simboliza sucesso pessoal e muitas vezes faz associação com personagens da mídia atual.